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domingo, 26 de setembro de 2010

Soneto - John Keats (inglês - 1795-I82l) (Poema extraido do site www.jgaraujo.com.br)

Quando fico a pensar poder deixar de ser
antes que minha pena tenha antes traçado
antes que um livro possa colher
dos grãos que eu semeei o fruto sazonado;

quando vejo nas noites os astros a brilhar
-vasto e obscuro Universo, impenetravel mundo!-
quando penso que nunca hei de traçar
sua imagem com arte e em sentido profundo;

quando sinto a fugaz beleza de alguma hora
que não verei jamais - como doce miragem-
turva-se minha mente, e a alma em silêncio chora

um impulsivo amor. E a sós me sinto a margem
do imenso mundo, e anseio imergir a alma em nada
até que a glória e o amor me dêem a hora sonhada!

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