"E falta sempre uma coisa,
Um copo,
Uma brisa,
Uma frase.
E a vida dói guando mais se goza
E guando mais se inventa" (Fernando Pessoa)
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Dentro de mim me quis ver. Tremia,
Dobrado em dois sobre o meu própria poço...
Ah, que terrível face e que arcabouco.
Este meu corpo languido escondido!
O boca tremula, cerrada e fria,
Cujo o silencio esfíngico bem ouço!
O lindos olhos sôfregos, de moco,
Numa fronte a suar malancolia!
Assim me desejei nessa imagens.
Meus poemas requinteis e selvagens,
O meu Desejo os sulcos de vermelho:
Que eu vivo e espera dessa noite estranha,
Noite de amor em que me goze e tenha,
... Lá no fundo do poço em que me espelho! (José Régio)
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