Essa
é uma questão muito fácil aparentemente, pois se pode dizer o seu nome e
sobrenome, mas tem muitas pessoas com o mesmo nome que o meu e outras com mesmo
sobrenome o que não indica que eu seja parecida com elas menos ainda sermos o
mesmo individuo, então a pergunta persisti: Quem sou eu?
Vamos
parar para analisar. Sou o meu nome, pois com ele me indico como individuo, mesmo
que haja outros que o tenham. Sou meu sobrenome, porque com ele posso dizer
quem é minha família, de quem eu vim. Sou um caráter, minhas escolhas, meus
comportamentos e gostos, tudo isso é mutável. O ser humano teve uma construção
do individuo diferente ao longo dos anos, mesmo que em certas épocas o coletivo
seja mais exaltado que em outras, mas um foto que não pode ser mudado se
encontra na relação do individuo com o coletivo em que ele vive, pois não tem
como haver separação da individualidade para com a coletividade, pois uma
desenvolve a outra.
Um
grande estudioso da Psicologia que se dedicou a estudar esse relacionamento foi
Carl Gustav Jung. Ele já afirma que dentro da psique em camadas mais profundas
se encontrava o inconsciente coletivo que transporta para nossa consciência uma
imagem “impregnada tanto de ideia como de sentido” (O.C., vol. VII/2.289;
citação retirada do livro: Jung um caminhar pela psicologia analítica, 38).
Para
Jung o inconsciente possuía duas camadas que eram a pessoal e a coletiva. Sendo
que o Inconsciente Pessoal é a camada mais superficial, contudo, é muito
difícil conseguir distingui as duas camadas na psique do individuo. Apesar do
individuo ser separado do coletivo, a sua consciência e seu inconsciente
pessoal “nascem” da insciência coletiva, o que mostra a ligação quase
simbiótica do ser humano com sua sociedade. No entanto, é essa sociedade que,
atualmente, dificuldade as pessoas a pensarem sobre elas e o que elas querem.
Quem
já pensou realmente quem era? Na idade de 20 a 30 anos? E entre os 40 e 50
anos, quantos pensam nas pessoas que são ou nas que já foram um dia? Como somos
um desenvolvimento de nosso meio social que muda por causa dos indivíduos que
crescem e passam por experiências diferentes em cada época, podem ter uma ou
outra experiência igual ao de outras idades, mas o modo como olha muda a cada
idade como disse Raul Seixas em Metamorfose Ambulate:
Prefiro
ser
Essa
metamorfose ambulante
Eu
prefiro ser
Essa
metamorfose ambulante
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
Eu
quero dizer
Agora,
o oposto do que eu disse antes.
Eu
prefiro ser
Essa
metamorfose ambulante
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
Sobre
o que é o amor
Sobre
o que eu nem sei quem sou
Se
hoje eu sou estrela
Amanhã
já se apagou
Se
hoje eu te odeio
Amanhã
lhe tenho amor
Lhe
tenho amor
Lhe
tenho horror
Lhe
faço amor
Eu
sou um ator
É
chato chegar
A
um objetivo num instante
Eu
quero viver
Nessa
metamorfose ambulante
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
Sobre
o que é o amor
Sobre
o que eu nem sei quem sou
Se
hoje eu sou estrela
Amanhã
já se apagou
Se
hoje eu te odeio
Amanhã
lhe tenho amor
Lhe
tenho amor
Lhe
tenho horror
Lhe
faço amor
Eu
sou um ator
Eu
vou lhe desdizer
Aquilo
tudo que eu lhe disse antes
Eu
prefiro ser
Essa
metamorfose ambulante
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
Do
que ter aquela velha opinião
Formada
sobre tudo
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